Topo
Notícias

EUA prevê temporada de furacões mais intensa que o normal

22/05/2025 13h19

A istração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) anunciou, nesta quinta-feira (22), que prevê uma probabilidade de 60% de que a temporada de furacões no Atlântico seja superior ao normal.

Está previsto pela agência um total de 13 a 19 tempestades com nome próprio, com ventos de 63 km/h ou mais. Delas, espera-se que entre seis e dez se tornem furacões, com ventos de 119 km/h ou mais, incluindo entre 3 e 5 furacões maiores de categoria 3, 4 ou 5, com ventos sustentados de pelo menos 179 km/h.

A chance de uma temporada quase normal é de 30% e a de uma temporada inferior ao normal, é de 10%, segundo a NOAA.

A previsão cita uma conjunção de fatores, entre eles temperaturas oceânicas superiores à média e um possível aumento da atividade da monção da África Ocidental, ponto de partida dos furacões do Atlântico.

"Como pudemos comprovar no ano ado com as graves inundações provocadas pelos furacões Helene e Debby, os impactos dos furacões podem se estender muito além das comunidades costeiras", declarou a a interina da agência, Laura Grimm, em um comunicado.

"A NOAA é fundamental para emitir prognósticos e alertas precoces e precisos, e fornece os conhecimentos científicos necessários para salvar vidas e propriedades", acrescentou.

Rick Spinrad, ex- da NOAA, manifestou à AFP sua profunda preocupação com a capacidade de resposta da agência, que enfrenta demissões de meteorologistas, técnicos e outros profissionais fundamentais.

"Estou preocupado com a capacidade de pilotar os aviões, operar os modelos e atender as ligações à medida que essas tempestades começam a atingir o país, enquanto ao mesmo tempo o Serviço Meteorológico terá que lidar com tornados, incêndios florestais, inundações e precipitações extremas", disse.

O presidente dos EUA, Donald Trump, busca cortar o orçamento das atividades de pesquisa da NOAA em 1,3 bilhões de dólares (7,3 bilhões de reais, na cotação atual) no próximo ano.

O chamado "Projeto 2025", que reúne uma série de propostas promovidas por conservadores para reestruturar ou desmantelar importantes instituições científicas e acadêmicas, acusa a agência de promover o "alarmismo climático".

ia/st/mar/db/mel/ic/mvv

© Agence -Presse

Notícias