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Novo IOF: o que muda para quem vai viajar para fora em breve

Karin Salomão

Do UOL, em São Paulo

23/05/2025 15h05

Quem vai viajar para fora costuma escolher entre comprar moeda em espécie, usar um cartão pré-pago ou um cartão internacional de débito. Com as novas regras para IOF, anunciadas ontem, a diferença entre esses meios de pagamento diminuiu. As mudanças já estão valendo, a partir da data da divulgação das novas regras.

O que usar na viagem

Em termos de IOF, não há diferença entre cartão pré-pago, papel-moeda ou cartão internacional. O IOF entre esses meios de pagamento foi equalizado.

Antes da mudança, comprar moeda em espécie era vantajoso por conta do IOF mais baixo. Agora, com o novo patamar, essa vantagem desapareceu, diz Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos. O IOF, que era de 1,1%, a a ser de 3,5%.

Para quem enviava dinheiro a contas internacionais de mesma titularidade, sem intenção de investir, a taxa era de 1,1% e a a ser 3,5%. Cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para gastos pessoais tinham IOF de 3,38%, que a a ser de 3,5%. "O papel-moeda e a conta global perdem atratividade", diz Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP.

O impacto é menor no cartão de crédito e débito internacionais. A alíquota ou de 3,38% para 3,5%, mas o aumento ainda contribui para encarecer os custos gerais de viagens. Essa taxa era de 6,38% até 2022, foi de 4,38% no ano ado e iria zerar gradualmente, mas agora será fixa em 3,5%.

Nada muda para compras em sites internacionais, como Shein e AliExpress. Foi o que explicou o governo em coletiva de imprensa ontem. Mas, se a compra for paga com cartão de crédito internacional, incidirá IOF de 3,5% (mais que os 3,38% cobrados antes).

Qual a diferença?

Sem a diferença no imposto, o principal ponto que o viajante precisa olhar é o câmbio. Diferentes instituições financeiras também operam com spreads distintos. O spread é, nesse caso, a diferença entre o valor do dólar comercial e o operado pelo banco, corretora ou casa de câmbio. Para quem compra papel moeda ou envia dinheiro ao exterior, vale o câmbio do dia. Desde 2020, também vale o câmbio do dia da compra para transações feitas no cartão de crédito.

"A mudança do IOF tem um impacto direto e relevante para os turistas brasileiros, já que tem um aumento do custo total da viagem", diz Patzlaff.

Nesses momentos de alteração abrupta e mudança de política tributária, a taxa de câmbio tende a oscilar com mais intensidade. "Por isso, para quem vai viajar em breve, acredito que uma boa estratégia é antecipar tanto a compra da moeda física quanto o envio de recursos para o exterior. Assim, pelo menos, você garante uma taxa de câmbio já fixada e reduz o risco de surpresas de última hora", diz Antonio Pontes, sócio da The Hill Capital.

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