Justiça libera agressor de bebê que o confundiu com 'reborn' sob fiança
A Justiça decidiu liberar hoje o homem que agrediu um bebê de quatro meses ao confundi-lo com uma boneca 'reborn' em Belo Horizonte (MG) sob pagamento de fiança de três salários mínimos, o equivalente a R$ 4,5 mil.
O que aconteceu
Justiça não viu necessidade de manter prisão preventiva por lesão corporal leve. Como o crime tem pena máxima inferior a quatro anos, não havia requisitos legais para que o agressor seguisse preso, diz documento assinado pela juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, da Central de Audiência de Custódia da comarca de Belo Horizonte.
Homem que agrediu bebê ao confundi-lo com "reborn" precisará ser monitorado pelos próximos três meses. Além da fiança, a Justiça estipulou como medida cautelar a obrigatoriedade de comparecimento regular ao Fórum e atualização de endereço.
Decisão pode ser alterada se o hospital que atendeu o bebê agredido constatar lesão de maior gravidade. Até o momento, não houve resposta ao ofício enviado pela Justiça à unidade hospitalar com pedido de informações sobre o estado clínico da vítima.
O que se sabe sobre o caso
O agressor se aproximou de um casal e começou a brincar com o bebê, enquanto perguntava se ela era "de verdade". O pai negou que fosse uma boneca hiper-realista, mas o homem não se convenceu, segundo a polícia. O episódio ocorreu em frente a uma fila de um trailer de lanches na praça Savassi, em Belo Horizonte.
Bebê estava no colo da mãe quando foi agredido com um tapa na cabeça. A agressão causou um inchaço na região da orelha. Testemunhas derrubaram o agressor, que foi detido até a chegada da PM no local.
Homem que deu tapa em bebê disse à PM acreditar que o casal estaria usando um ''bebê reborn'' para furar a fila. O agressor relatou não fazer uso de medicamentos controlados, mas disse ter ingerido bebidas alcoólicas momentos antes. A polícia, no entanto, afirmou que havia ''sobriedade'' em suas falas e ações.
O suspeito está sendo representado pela Defensoria Pública O UOL tentou contato com o órgão, mas não obteve retorno. Assim que houver resposta, o texto será atualizado.