Rússia diz que Ucrânia, apoiada pela Europa, está tentando destruir negociações de paz
MOSCOU (Reuters) - O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta terça-feira que a Ucrânia, apoiada por alguns países europeus, tomou várias "medidas provocativas" com o objetivo de inviabilizar as negociações diretas de paz iniciadas por Moscou com Kiev.
As primeiras conversações diretas entre a Rússia e a Ucrânia em mais de três anos ocorreram em 16 de maio, mas não conseguiram produzir um acordo de cessar-fogo.
"Por iniciativa da Federação Russa, o diálogo direto russo-ucraniano sobre uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia foi retomado", disse o ministério.
"Ao mesmo tempo, o regime de Kiev, apoiado por alguns países europeus, tomou uma série de medidas provocativas com o objetivo de interromper o processo de negociação."
De acordo com o ministério russo, desde 20 de maio, a Ucrânia aumentou significativamente os ataques de drones e mísseis em território russo, usando munições fornecidas pelo Ocidente e tendo como alvo áreas civis.
Entre a noite de 20 de maio e a manhã de 27 de maio, os sistemas de defesa aérea russos interceptaram e destruíram 2.331 drones ucranianos, incluindo 1.465 fora da zona de conflito imediato, disse o ministério.
A Ucrânia também relatou uma forte escalada nos ataques russos em seu território, incluindo uma barragem recorde na noite de domingo.
A intensificação levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a comentar que o presidente russo, Vladimir Putin, havia "ficado absolutamente LOUCO", além de ameaçar com novas sanções.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou na terça-feira que seus ataques foram retaliatórios, precisos e direcionados exclusivamente a instalações militares e empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia.
(Reportagem da Reuters)