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Crescimento empresarial na zona do euro fica estagnado em maio, mostra o PMI

04/06/2025 07h02

LONDRES (Reuters) - A atividade empresarial da zona do euro praticamente não expandiu em maio, uma vez que o setor de serviços contraiu pela primeira vez desde novembro, diante da queda da demanda que vem atormentando o bloco há um ano, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da zona do euro, compilado pela S&P Global, caiu para 50,2 em maio, de 50,4 em abril, acima da preliminar de 49,5 mas o resultado mais fraco desde fevereiro.

Leituras acima de 50,0 indicam crescimento da atividade, enquanto as leituras abaixo apontam contração.

"A economia da zona do euro cresceu pelo quinto mês consecutivo", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, destacando entretanto que o dado ficou apenas marginalmente acima da marca limite.

"Isso se deve a um ligeiro declínio na atividade do setor de serviços, enquanto a produção industrial mostrou o mesmo crescimento moderado do mês anterior."

O PMI do setor de serviços caiu de 50,1 em abril para 49,7, indicando uma contração marginal e a primeira vez que ficou abaixo de 50 em seis meses.

O volume geral de novos negócios na zona do euro tem diminuído desde junho de 2024, embora a uma taxa modesta, e o índice de novos negócios caiu no mês ado de 49,1 para 49,0. As encomendas do exterior recuam há mais de três anos, sem oferecer nenhum apoio à economia.

Entre as maiores economias do bloco, apenas as nações do sul mostraram expansão. A Itália liderou com o crescimento mais rápido em mais de um ano, enquanto a expansão da Espanha desacelerou para uma mínima recorde de 17 meses.

A França se aproximou da estabilização com o declínio mais fraco em nove meses, enquanto a Alemanha voltou ao território de contração.

O nível de emprego na zona do euro aumentou apenas ligeiramente em maio, impulsionado pelos fornecedores de serviços, enquanto os fabricantes cortaram postos de trabalho.

As pressões dos preços diminuíram em todo o bloco, com os custos de insumos no PMI Composto aumentando pelo ritmo mais lento em seis meses e os preços de venda subindo pela taxa mais fraca desde outubro.

"O Banco Central Europeu não ficará totalmente satisfeito com os dados de preços do PMI. No setor de serviços, que é observado de perto em relação à inflação, a taxa de aumento dos preços de venda caiu novamente", acrescentou de la Rubia.

(Reportagem de Jonathan Cable)

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