Reino Unido 'condena' novos assentamentos israelenses, 'obstáculo deliberado' para Estado palestino
O anúncio por parte de Israel da criação de 22 novos assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada "é um obstáculo deliberado para a criação do Estado palestino", afirmou nesta quinta-feira (29) o subsecretário britânico para o Oriente Médio, Hamish Falconer.
O diplomata britânico afirmou na rede social X que o Reino Unido "condena" a decisão, acrescentando que "os assentamentos são ilegais segundo o direito internacional, colocam em maior perigo a solução de dois Estados e não protegem Israel".
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou nesta quinta-feira a criação dos assentamentos, que pode tensionar ainda mais as relações de Israel com boa parte da comunidade internacional.
"Tomamos uma decisão histórica para o desenvolvimento dos assentamentos", com 22 novos assentamentos na Judeia-Samaria, a designação israelense para esse território palestino ocupado desde 1967, afirmou o ministro de extrema direita.
O Partido Trabalhista britânico se comprometeu no ano ado a "reconhecer o Estado Palestino como uma contribuição a um processo de paz renovado, que resulte em uma solução de dois Estados".
O movimento islamista palestino Hamas, que governa Gaza, condenou o anúncio israelense e disse que era "um desafio flagrante à vontade internacional".
Em um comunicado, também disse que representava "uma grave violação do direito internacional, e das resoluções das Nações Unidas".
Os assentamentos israelenses são considerados ilegais pelo direito internacional e a ONU os denuncia com frequência.
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