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Justiça da Espanha absolve um dos acusados de matar jovem gay brasileiro

O brasileiro Samuel Luiz foi morto na Espanha, em 2021, vítima de violência homofóbica - Reprodução/Redes Sociais
O brasileiro Samuel Luiz foi morto na Espanha, em 2021, vítima de violência homofóbica Imagem: Reprodução/Redes Sociais
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/05/2025 19h56

O Tribunal de Justiça de Galiza, na Espanha, absolveu um dos homens condenados pelo assassinato de um jovem gay brasileiro em 2021, na cidade de La Coruña.

O que aconteceu

Justiça da Espanha revogou condenação de um dos quatro réus julgados pelo assassinato de Samuel Luiz. O espanhol havia sido sentenciado em janeiro ado a dez anos de prisão por ser apontado como cúmplice do crime, mas o Tribunal de Galiza alegou "falta de provas" do envolvimento dele no caso e anulou a pena. Não foi informado se ele já deixou a cadeia.

Tribunal manteve condenações dos outros três homens apontados como autores do crime. O principal autor, identificado como Diego M.M., recebeu sentença de 24 anos pelo agravante de o crime ter sido praticado "de forma discriminatória devido a orientação sexual" da vítima. Os outros dois condenados, Alejandro F.G e Kaio A.S.C, receberam sentenças de 20 anos de reclusão cada.

Os quatro foram julgados e condenados em janeiro de 2025, três anos após o crime. Na ocasião, a Justiça espanhola também determinou que os quatro indenizassem a família da vítima em R$ 1,9 milhão.

Réus agiram "sem empatia" e com muita "crueldade", destacou a Justiça espanhola ao condená-los. A Justiça do país europeu ressaltou que a vítima foi deixada "jogada no meio de uma rotatória, inconsciente e com o rosto ensanguentado".

Como a decisão foi proferida em primeira instância, os réus puderam recorrer das sentenças recebidas. No entanto, eles permanecem presos até a condenação ou anulação em definitiva do processo.

Relembre o crime

Samuel Luiz tinha 24 anos quando foi espancado até a morte. O brasileiro, que trabalhava como auxiliar de enfermagem e vivia na Espanha dede criança, foi vítima da violência homofóbica em 3 de julho de 2021.

Brasileiro morreu em decorrência do espancamento, apontou o laudo necroscópico na época do crime. Na ocasião, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, condenou a brutalidade do crime, classificado por ele como "selvagem e implacável", que "chocou" toda a Espanha.

Morte do brasileiro provocou manifestações de grupos ligados aos direitos humanos e da comunidade LGBT+ no país. Milhares de pessoas foram às ruas da Espanha contra a LGBTfobia.

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