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Tarcísio depõe ao STF amanhã como testemunha de defesa de Bolsonaro

do UOL

Do UOL, em Brasília

29/05/2025 13h54Atualizada em 29/05/2025 18h45

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), depõe amanhã de manhã como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.

O que aconteceu

Governador está entre as sete testemunhas previstas pela manhã. Audiências são realizadas por videoconferência e começam às 8h. Tarcísio deve ser o último a ser ouvido. À tarde, há mais pessoas listadas para depor. O comando está com o relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Supremo já ouviu 43 testemunhas. Deste total, duas depam por escrito. As defesas pediram a desistência de 16 pessoas. A expectativa é que as audiências sejam concluídas na semana que vem.

Moraes conduziu todos os depoimentos. Ele deu broncas, mandou recados e orientou testemunhas. Outros ministros da Primeira Turma, onde está o processo em andamento, também acompanharam alguns depoimentos.

Governador foi ministro de Bolsonaro até março de 2022. Ele deixou o cargo para disputar o governo estadual e com isso, na prática, não participou de alguns dos principais episódios citados na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e seus auxiliares, como a reunião ministerial de julho de 2022.

Tarcísio deve falar de encontros com o ex-presidente. O governador se reuniu com Bolsonaro duas vezes após o segundo turno, em novembro e dezembro de 2022. Os encontros, contudo, não são citados na denúncia da PGR ou na investigação sobre tentativa de golpe.

Bolsonaro tem levado testemunhas para negar a discussão sobre golpe. Ontem, os ouvidos apenas confirmaram que o ex-presidente questionou a lisura do pleito eleitoral de 2022 e nunca abordou nada ilegal.

Tarcísio também não participou de reuniões onde foram discutidas propostas de minuta golpista. O ex-ministro foi eleito no segundo turno daquele ano e não esteve em reuniões de Bolsonaro com chefes das Forças Armadas. Essas reuniões são consideradas o ponto mais forte da denúncia. Os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército confirmaram no Supremo que Bolsonaro apresentou nestes encontros proposta de minuta para se manter no poder mesmo após a derrota para Lula.

Governador venceu em São Paulo com apoio de Bolsonaro. Ele é apontado como um dos principais nomes da direita e possível candidato para as eleições presidenciais em 2026, enquanto Bolsonaro está inelegível.

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