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Associação de auditores critica Bolsonaro por fala sobre chineses no Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao UOL - Kleyton Amorim - 14.mai.2025/UOL
O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao UOL Imagem: Kleyton Amorim - 14.mai.2025/UOL
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Do UOL, em São Paulo

26/05/2025 21h41Atualizada em 26/05/2025 21h41

A Anafitra (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho) repudiou as declarações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra os profissionais da categoria durante entrevista ao UOL no último dia 14.

O que aconteceu

Bolsonaro afirmou que uma "fazenda de chinês" não teria fiscalização de auditores fiscais. "Como é que fica uma fazenda de chinês e de um brasileiro aqui, por exemplo, em Ribeirão Preto? O do chinês vai ter uma produtividade muito melhor. Porque, afinal de contas, o chinês aqui dentro não tem carga horária. Não vai fiscalizar. Ou, se for, vai ter uma conversa num canto qualquer com parte desses fiscais."

Declaração de Bolsonaro sugere "existência de prática ilegal" por parte dos auditores fiscais que atuam nas fiscalizações, diz associação, em comunicado. "São ilações graves que parecem ensejar, pelo entrevistado, uma intenção de comprometer as funções dos auditores-fiscais", diz a nota. "A Inspeção Federal do Trabalho é uma instituição internacional que possui função essencial no sistema istrativo do mundo do trabalho."

Auditores atuam de forma preventiva ao inspecionar ambientes de trabalho que trazem risco ao trabalhador, segundo o comunicado. "Citamos ainda o combate ao trabalho análogo ao escravo e ao trabalho infantil, políticas públicas implementadas e desenvolvidas no Ministério do Trabalho e Emprego, pelos Auditores-Fiscais do Trabalho, que são reconhecidas, em nível internacional, servindo de paradigma para várias nações", dizem os auditores. "Como parte de suas atribuições, encontra-se o exercício de polícia istrativa, com a aplicação de sanções para os descumprimentos das leis pactuadas por nossa sociedade."

Ex-presidente disse que "atrapalhou a China no Brasil" durante o governo dele. "Eu atrapalhei a China no Brasil. Não de comprar soja ou carne, eu atrapalhei porque ou um projeto de lei permitindo venda de terra para estrangeiros", falou. "Se esse projeto asse, a China que compra no Brasil acaba comprando o Brasil."

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