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Como cientistas procuram as raízes biológicas da genialidade de Da Vinci

Estudiosos estudam a árvore genealógica de Leonardo Da Vinci - Domínio Público
Estudiosos estudam a árvore genealógica de Leonardo Da Vinci Imagem: Domínio Público
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/05/2025 13h27

Mesmo após mais de cinco séculos de sua morte, Leonardo da Vinci ainda é objeto de pesquisas e descobertas surpreendentes. Um projeto internacional conhecido como "Leonardo DNA Project", iniciado em 2016 e coordenado pela Universidade Rockefeller (EUA), pode estar prestes a revelar o perfil genético do renascentista e quais as raízes biológicas de sua genialidade.

O que aconteceu

Pesquisadores identificaram seis descendentes vivos da linhagem paterna da família da Vinci. As descobertas, que utilizaram como base o cromossomo Y, foram reunidas no livro Genìa Da Vinci. Genealogia e Genética do DNA de Leonardo, lançado pelos pesquisadores italianos Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato.

Trabalho reúne 30 anos de pesquisa genealógica. O estudo contou com o apoio da Universidade de Florença, do J. Craig Venter Institute e do município de Vinci, na Itália.

Leonardo da Vinci não teve filhos, mas teve ao menos 22 meios-irmãos, frutos dos diversos casamentos de seu pai. Graças a isso, foi possível rastrear sua linhagem até os dias atuais.

árvore genealógica - iStock - iStock
Projeto identificou mais de 400 possíveis parentes de Da Vinci
Imagem: iStock

Ao longo de três décadas de estudos, a árvore genealógica identificou mais de 400 pessoas e remonta ao ano de 1331. Entre elas, os cientistas localizaram 15 homens descendentes diretos por linha paterna, ligados ao pai de Leonardo e ao meio-irmão Domenico Benedetto, sendo seis ainda vivos. Esses foram submetidos a análises genéticas.

Resultados revelaram trechos idênticos do cromossomo Y (aquele transmitido exclusivamente de pai para filho). A coincidência genética indica que essa linhagem masculina permaneceu intacta por pelo menos 15 gerações.

Ossos antigos em análise

Pesquisas também levaram à reabertura da tumba da família da Vinci, localizada na Igreja da Santa Cruz, no vilarejo de Vinci. Arqueólogos da Universidade de Florença já recuperaram fragmentos ósseos de indivíduos que podem ser o avô, o tio e meio-irmãos de Leonardo.

Um dos ossos, datado por radiocarbono, corresponde a um homem com idade compatível com os parentes do artista. Segundo o antropólogo e diretor do projeto, David Caramelli, ainda é preciso verificar se o DNA está bem preservado.

Com base nos resultados, podemos prosseguir com a análise de fragmentos do cromossomo Y para comparação com os descendentes atuais David Caramelli, pesquisador, em comunicado

O Homem Vitruviano, do gênio renascentista Leonardo Da Vinci - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
O Homem Vitruviano, do gênio renascentista Leonardo Da Vinci
Imagem: Getty Images/iStockphoto

O que o DNA pode revelar

Com o sequenciamento, será possível identificar características biológicas de Leonardo. Por exemplo: lateralidade (ele era canhoto), acuidade visual, predisposições de saúde, aparência física e até possíveis causas de morte.

Reconstruir a linhagem da família Da Vinci até os dias atuais permitiria a pesquisa sobre seu DNA. "Queremos entender as raízes biológicas de sua incrível acuidade visual, criatividade e, quem sabe, aspectos de sua saúde e causas da morte. Nosso objetivo é entender as raízes biológicas de sua genialidade", explica Alessandro Vezzosi.

Até mesmo uma minúscula impressão digital em uma página pode conter células para sequenciamento. A biologia do século XXI está movendo a fronteira entre o incognoscível e o desconhecido. Em breve, talvez possamos obter informações sobre Leonardo e outras figuras históricas que antes acreditávamos perdidas para sempre Jesse H. Ausubel, da Universidade Rockefeller e diretor do projeto

Desenho de Leonardo da Vinci - THE ROYAL COLLECTION TRUST - THE ROYAL COLLECTION TRUST
Desenho de Leonardo da Vinci
Imagem: THE ROYAL COLLECTION TRUST

Leonardo e a epigenética

Livro vai além da genética. Em seus estudos sobre hereditariedade, Leonardo já discutia fatores como dieta, sangue e o comportamento dos pais como influências nos filhos - uma visão que antecipa conceitos hoje associados à epigenética.

Leonardo questionava as origens da vida humana não apenas do ponto de vista biológico: em seus estudos sobre geração, a concepção se torna um ato complexo em que natureza, emoção e destino se entrelaçam, antecipando temas que hoje são centrais no debate entre genética e epigenética Agnese Sabato

Livro também revela a descoberta de um desenho a carvão encontrado em uma antiga casa em Vinci. A obra, nomeada Dragão Unicórnio, apresenta elementos marcantes, ainda que desgastados pelo tempo:

Um chifre em espiral na cabeça, focinho alongado e bico curvo, dentes em forma de gancho, língua em chamas, membros com garras, orelhas pontudas, escamas salientes nas costas e no pescoço, além de uma asa membranosa em forma de leque com extensões semelhantes a dedos — antecipando os estudos posteriores de Leonardo sobre o voo de aves e morcegos — junto com uma cauda serpentina Comunicado oficial

Imagem da sala Sala delle Asse (Room of Wooden Boards), pintada por Leonardo da Vinci, sendo restaurada em 2019 - Reprodução/Google Arts and Culture - Reprodução/Google Arts and Culture
Imagem da sala Sala delle Asse (Room of Wooden Boards), pintada por Leonardo da Vinci, sendo restaurada em 2019
Imagem: Reprodução/Google Arts and Culture

Apesar dos avanços, o projeto ainda não identificou nenhuma amostra confirmada de DNA de Leonardo da Vinci. Além disso, os estudos não foram publicados em revistas científicas com revisão por pares, como destaca o site britânico IFL Science.

Leonardo da Vinci DNA Project servirá como base para um documentário internacional e um futuro filme. A estreia oficial do livro ocorreu no Teatro de Vinci, na Toscana, em 22 de maio de 2025.

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