Formado em veterinária, Gilson Machado é empresário e sanfoneiro
Gilson Machado Neto, de 57 anos, é formado em Medicina Veterinária, mas atua como empresário dos ramos de eventos, turismo e radiodifusão. É sobrinho de Gilson Machado Filho, deputado que atuou na Constituinte e esteve no Congresso até meados da década de 1990.
O ex-ministro do Turismo é considerado um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, de quem se aproximou em 2018. Foi secretário do Ministério do Meio Ambiente e, em maio de 2019, foi indicado para presidir a Embratur.
Machado ganhou destaque por aparecer tocando sanfona em lives de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19. O sanfoneiro já gravou com nomes como Zé Ramalho, atua na banda Brucelose até hoje e já deu aulas para Bolsonaro. "A música me deu tudo na vida. Já fiz mais de três mil apresentações pelo Brasil, mais de 30 anos de carreira", afirmou ele ao quadro Joga no Google, do Estadão, em setembro de 2024.
Em dezembro de 2020, foi remanejado para o Ministério do Turismo. Na época, o então titular da pasta, Marcelo Álvaro Antônio, se envolveu em embate com Luiz Eduardo Ramos, general que comandava a Secretaria-Geral da Presidência, e acabou exonerado.
Em 2022, Machado concorreu ao Senado por Pernambuco, mas não foi eleito. Após o pleito, em novembro de 2022, retornou ao comando da Embratur. Foi substituído no cargo em janeiro de 2023 por Marcelo Freixo, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva.
'Vaquinhas'
Mesmo após o fim do governo Bolsonaro, o ex-ministro permaneceu próximo do ex-chefe do Executivo. Em 2023, foi um dos principais articuladores da campanha de doações via Pix para o ex-presidente. A ação arrecadou R$ 17 milhões, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
No mês ado, Machado ou a divulgar nova campanha de doações, alegando que o ex-presidente precisa de dinheiro para pagar advogados, médicos e ajudar o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado (PL-SP), que se mudou para os EUA.
Em 2024, Machado disputou a prefeitura do Recife. Durante a campanha, em uma sabatina, disse que sua proximidade com Donald Trump seria proveitosa para a capital pernambucana. O trecho com a declaração viralizou nas redes sociais. O ex-ministro perdeu a eleição no primeiro turno.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.