Topo
Notícias

Tensão no Oriente Médio joga Ibovespa para baixo, mas alta do petróleo atenua

São Paulo

13/06/2025 11h35

O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira, 13, em baixa, em reflexo à aversão a risco global após Israel atacar instalações nucleares no Irã e o país revidar em seguida. O ataque elevou temores de uma guerra total entre as duas das forças armadas mais poderosas do Oriente Médio.

Além disso, a falta de consenso entre o governo e o Congresso no âmbito do decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também fica no foco.

O Ibovespa operou parte da manhã em queda moderada, mas após às 11 horas, piorou, seguindo as bolsas norte-americanas.

Na mínima, caiu 0,87%, a 136.6,01,03 pontos, vindo de abertura aos 137.099,54, nível praticamente o mesmo da máxima.

O avanço de quase 7,00% do petróleo atenuava a queda do principal indicador da B3. Na madrugada, a commodity chegou a saltar 11%, em meio aos ataques feitos hoje (noite do Brasil) no Irã. Em Nova York, as bolsas cediam mais de 1,00%.

Assim, ações ligadas ao petróleo sobem, enquanto alguns papéis cíclicos cedem, dado o temor de desaquecimento da economia mundial por conta da tensão no Oriente Médio.

Já o minério de ferro fechou em queda de 0,14% hoje em Dalian, mas as ações do setor de metais caiam com mais intensidade; Vale perdia 1,29%.

"O ataque ao Irã não foi surpresa, mas foi um ataque cirúrgico, em tanques nucleares, centros balísticos e que matou pessoas-chave, como cientistas iranianos e lideranças militares. Foi um ataque certeiro", diz Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos.

A poucos dias da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), também fica no radar o crescimento de 0,2% no volume de serviços no Brasil em abril ante março, em linha com a mediana das projeções. Departamentos econômicos se dividem entre manutenção da Selic em 14,75% e elevação de 0,25 ponto porcentual na semana que vem.

O Itaú Unibanco é um dos que esperam que o ciclo de aperto monetário seja concluído na quarta-feira que vem.

"As autoridades devem optar por manutenção da taxa Selic, sinalizando que a taxa de juros permanecerá no patamar atual pelo tempo que for necessário, e que não hesitarão em retomar o ciclo de aperto caso haja alterações no cenário prospectivo de inflação", afirma o Itaú em relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.

Aqui, "o ime em torno da MP com as medidas do IOF e suas compensações sustenta o quadro fiscal nebuloso, embora a rebelião contra aumentos de receita possa ser o ponto de partida para discussões mais amplas do lado das despesas", cita Silvio Campos Neto, sócio e economista sênior da Tendências Consultoria.

No campo corporativo, a Petrobras informou que efetuará no próximo dia 20 o pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas referente aos resultados de 2024.

Na quinta-feira, Ibovespa fechou em alta de 0,49%, aos 137.799,74 pontos.

Notícias