Luis Arce ordena desbloquear rota que conecta La Paz com região central da Bolívia
O presidente da Bolívia, Luis Arce, ordenou nesta quarta-feira (11) às forças de segurança que liberem uma estrada que conecta a capital istrativa, La Paz, e Cochabamba, reduto de Evo Morales, após dez dias de protestos de camponeses aliados ao líder opositor.
Grupos de seguidores de Morales protestam desde a semana ada contra a gestão de Arce, a quem responsabilizam pela crise econômica e por manipular as instituições para manter o líder cocaleiro fora das eleições de 17 de agosto.
O mandatário, que termina seu mandato de cinco anos em novembro, afirmou que "a operação para liberar" atende ao "clamor do povo boliviano" que sente os efeitos dos protestos.
Ele adiantou que, uma vez liberada esta estrada, "continuarão progressivamente em todas as rotas principais de nosso país".
Nesta quarta-feira, houve relatos de confrontos entre policiais e camponeses na localidade rural de Parotani, uma via de o a Cochabamba.
Segundo a estatal a Boliviana de Estradas (ABC), na manhã desta quarta-feira foram registrados 21 bloqueios nos departamentos de Cochabamba, Oruro, Potosí (sudoeste) e Santa Cruz (leste).
Na terça-feira, na localidade mineradora de Llallagua (Potosí), houve relatos de 17 feridos durante intensos confrontos entre um grupo de moradores e camponeses que bloquearam uma via de o à localidade.
Arce afirmou que o objetivo dos bloqueios é apoiar "a candidatura inconstitucional" de Morales, seu ex-mentor político.
O governo disse anteriormente que o líder cocaleiro busca prejudicar as eleições de 17 de agosto e, posteriormente, encontrar uma maneira de se registrar como candidato.
Ele não conseguiu fazer isso nos prazos previstos pela lei, devido ao fato de não contar com um partido político e ignorar uma decisão judicial que proíbe mais de uma reeleição. Ele governou em três ocasiões, entre 2006 e 2019.
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