Topo
Notícias

Orgulho LGBTQ+ se reúne em Washington em meio a retrocesso nos direitos por Trump

05/06/2025 11h35

Por Daniel Trotta

WASHINGTON (Reuters) - Pessoas LGBTQ+ de todo o mundo se reúnem em Washington nesta semana para uma parada, um comício político e apresentações culturais que marcam o Orgulho LGBTQ+ pela diversidade sexual e de gênero, bem como a indignação com a reversão de seus direitos pelo governo Trump.

O WorldPride, que acontece em uma cidade diferente do mundo a cada dois anos, está sendo realizado há semanas e continuará até o final de junho, levando centenas de milhares de manifestantes quase à porta do presidente Donald Trump.

A parada do WorldPride marchará a uma quadra do terreno da Casa Branca no sábado, e o comício será realizado no domingo no Lincoln Memorial, o local do discurso "I Have a Dream" de Martin Luther King em 1963.

Trump certamente será alvo de protestos.

Ele emitiu decretos limitando os direitos dos transgêneros, proibiu os transgêneros de servir nas Forças Armadas e rescindiu políticas antidiscriminatórias para pessoas LGBTQ+ como parte de uma campanha para revogar programas de diversidade, equidade e inclusão. Suas ações foram aplaudidas pelos conservadores.

Cerca de três milhões de pessoas, incluindo dois milhões de pessoas de fora da região, podem participar, de acordo com o grupo de viagens e comércio sem fins lucrativos Destination DC, mesmo que alguns participantes em potencial tenham sugerido um boicote em protesto às políticas de Trump ou tenham levantado preocupações sobre a segurança devido ao clima político dos EUA.

A Casa Branca não respondeu a pedidos de comentário da Reuters. Ela tem afirmado que sua política de transgêneros protege as mulheres ao manter as mulheres transgêneros fora de espaços compartilhados, como abrigos contra abuso doméstico e chuveiros no local de trabalho, e descreveu a DEI (Diversidade, Igualdade e Inclusão, na sigla em inglês) como uma forma de discriminação baseada em raça ou gênero. Os defensores da DEI consideram-na necessária para corrigir desigualdades históricas.

Ryan Bos, diretor executivo da Capital Pride Alliance, que está liderando a coordenação do WorldPride, disse que muitas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou pessoas queer "temem por sua segurança, sua saúde mental e não veem muita esperança no momento".

Isso faz com que este seja "o ano em que precisamos garantir que permaneçamos visíveis e vistos para que as pessoas saibam que há um lugar para elas, que há pessoas lutando por elas", afirmou ele.

Notícias