Ibovespa reduz fôlego após superar 138 mil pontos; Gerdau sobe
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa reduzia o fôlego nesta segunda-feira após superar os 138 mil pontos mais cedo, em sessão com Gerdau como destaque positivo após o presidente dos Estados Unidos anunciar que pretende dobrar as tarifas sobre as importações de aço.
Por volta de 11h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,16%, a 137.249,32 pontos, após marcar 138.471,1 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava R$6,66 bilhões.
Estrategistas do BTG Pactual afirmaram que, após uma safra de balanços do primeiro trimestre mais forte do que previam, decidiram adicionar algum risco na sua carteira recomendada 10SIM, aumentando a exposição ao varejo.
"A temporada de resultados do primeiro trimestre foi melhor do que o esperado em uma economia mais forte do que o previsto, o que provavelmente levará a revisões para cima nos (prognósticos para os) lucros, pelo menos em setores como o varejo", escreveram Carlos Sequeira e equipe em relatório.
Nos EUA, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário, cedia 0,3%, sem trégua nas incertezas sobre a política comercial da maior economia do mundo, após Trump anunciar na sexta-feira a intenção de aumentar as tarifas de importação para aço e alumínio.
DESTAQUES
- GERDAU PN avançava 5,44%, após Trump afirmar que irá aumentar a partir do próximo dia 4 as tarifas sobre as importações de aço de 25% para 50%, o que pode beneficiar a empresa dada a sua exposição ao mercado norte-americano.
- MAGAZINE LUIZA ON subia 4,66%, endossada por analistas do UBS BB, que elevaram previsões para o lucro da varejista e aumentaram o preço-alvo dos papéis para R$11, embora tenham mantido a recomendação neutra.
- PETROBRAS PN valorizava-se 1,52%, na esteira da forte alta do petróleo no mercado internacional, onde o barril de Brent subia 2,82%.
- VALE ON tinha elevação de 1,02%, em dia sem a referência dos mercados na China, fechados por feriado. A mineradora antecipou para essa segunda-feira a publicação de relatório financeiro com estratégias de descarbonização.
- B3 ON caía 2,15%, com dados de maio mostrando queda nos volumes de negócios com ações ante abril. O Santander excluiu a ação de sua carteira de dividendos para junho, citando entre as razões potencial de alta limitado à frente.
- RD SAÚDE ON recuava 1,48%, ainda sob efeito de perspectivas de desafios no curto prazo, entre eles efeito calendário e competição mais acirrada no e-commerce de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
- BRADESCO PN subia 0,19%, apoiado por relatório do UBS BB reiterando compra e elevando o preço-alvo dos papéis de R$18 para R$21. ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,6%, BANCO DO BRASIL ON perdia 0,13% e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 0,91%.