O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou um crescimento relevante no primeiro trimestre e subiu simultaneamente com a "fervura" política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem encontrado dificuldades para adotar algumas medidas, avaliou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.
Para desespero do Banco Central, a economia brasileira está crescendo a despeito dos juros sedativos de 14,75% ao ano. Mas, em algum momento, esses juros vão refrear o crescimento. E para desassossego do Lula, esse crescimento do PIB, de 1,4% no primeiro trimestre, que é um crescimento relevante, chega com a elevação da fervura do Fernando Haddad. Josias de Souza, colunista do UOL
A economia brasileira cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com mesmo período do ano ado, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho positivo foi impulsionado pelo salto de 10,2% da agropecuária.
O crescimento do PIB ocorre em um momento de tensão nos bastidores de Brasília: o ministro Haddad tem encontrado resistências (dentro e fora do governo) para adotar medidas de corte de gastos. A elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) —uma alternativa para compensar o corte de R$ 30 bilhões do Orçamento— é uma delas. Integrantes do PT negam o isolamento do ministro.
Ao Canal UOL, Josias explicou que o momento que o governo vive é um paradoxo, com economia vistosa, mas contas fora dos trilhos.
O Haddad é o principal ministro do governo. Ele ainda não virou vapor, mas proliferam ali as bolhas na água da a do ministro desde que ele misturou, na semana ada, corte de gastos com elevação de imposto.
Nós estamos vivendo um paradoxo, porque a pujança da economia, puxada aí pela super safra, estamos com indicadores muito vistosos do mercado de trabalho, crescimento de renda. Há um paradoxo incômodo que mostra que esse crescimento econômico está assentado em bases muito frágeis, porque há uma disfuncionalidade. Josias de Souza, colunista do UOL
O colunista também disse que o sistema montado por Haddad, baseado apenas na elevação da arrecadação, é insustentável e que chegou o momento de "ar a tesoura" nos gastos.
Então, está claro que o sistema montado pelo ministro Haddad se tornou insustentável, porque baseado exclusivamente na elevação de arrecadação. O ministro teve êxito aí, fechou alguns ralos, fechou algumas brechas que milionários e bilionários brasileiros utilizavam para não pagar atributos, mas chega uma hora que isso se esgota e chegou a vez da tesoura. Josias de Souza, colunista do UOL
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