UE adota sanções contra grupos sírios pelos massacres de março
A União Europeia (UE) adotou formalmente sanções, nesta quarta-feira (28), contra três grupos armados sírios pelos atos de violência e massacres que abalaram o país em março.
As sanções, publicadas nesta quarta-feira no Diário Oficial da UE, afetam a Brigada Sultan Sulaiman Shah, a Divisão Hamza e a Divisão Sultan Murad, milícias que o bloco europeu acusa de envolvimento nos massacres.
Também incluídos na lista de sanções estão Muhammad Hussein al-Jasim, apontado como fundador e dirigente da Brigada Sultan Sulaiman Shah, e Sayf Boulad Abu Bakr, líder da Divisão Hamza.
As milícias armadas são responsabilizadas por ataques "na região costeira da Síria, tendo como alvo civis e especialmente a comunidade alauíta, como a prática de execuções arbitrárias de civis"
Por isso, essas milícias são acusadas de participar de graves violações aos direitos humanos, como atos de tortura ou execuções sumárias.
A partir do dia 6 de março deste ano, foi registrada uma onda de violência no oeste e no centro da Síria que tem abalado o mundo.
Estima-se que mais de 1.300 pessoas foram vítimas dos massacres, em sua maioria pertencentes à minoria muçulmana alauíta, da qual o clã Assad é originário.
Os países da UE decidiram na semana ada suspender todas as sanções econômicas ao país, adotadas contra o governo do então presidente Bashar al-Assad.
A suspensão das sanções é vista como um gesto da UE a favor da estabilização do país após a queda do governo de al-Assad.
ahg/mb/aa/jmo/aa
© Agence -Presse