Diretor-geral da OIT afirma que EUA deve contribuições de 2024 e 2025
Os Estados Unidos, o maior financiador da Organização Internacional do Trabalho (OIT), não pagaram suas contribuições referentes a 2024 e 2025, anunciou seu diretor-geral nesta quarta-feira(28), antes da aprovação do orçamento desta agência da ONU nos próximos dias.
"No ado, os Estados Unidos sempre pagaram, talvez com alguns meses de atraso", disse à imprensa Gilbert Houngbo.
Ele indicou ter "boas esperanças" de que Washington pague suas contribuições para 2024 e 2025, destacando que "a OIT não é necessariamente vista como algo negativo".
Os Estados Unidos respondem por 22% do orçamento da organização. Os outros principais contribuintes são China e Japão, seguidos por Alemanha, Reino Unido e França.
A OIT "antecipou várias opções que nos ajudariam a evitar problemas de tesouraria (...), mas há um limite para o que pode ser feito", disse Houngbo.
Ele reconheceu que, sob o governo do presidente Donald Trump, os Estados Unidos podem decidir a qualquer momento interromper o financiamento da OIT.
No entanto, por enquanto, não planeja modificar sua proposta orçamentária para o biênio 2026-2027, fixada em cerca de US$ 880 milhões (R$ 4,22 bilhões), um valor relativamente estável.
Esse orçamento foi aprovado em março pelo Conselho istrativo da OIT, do qual os Estados Unidos fazem parte. Precisa ser validado pelos representantes dos 187 Estados-membros, que se reunirão de 2 a 13 de junho em Genebra para a 113ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho.
No entanto, o encerramento de 50 projetos financiados pelos Estados Unidos levou a organização a "demitir cerca de 200 funcionários", de um total de aproximadamente 3.600, disse Houngbo.
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