Brasileira Thalia Costa entra no time ideal do Circuito Mundial de rugby sevens
A Seleção Brasileira de rugby sevens teve grande destaque no Circuito Mundial da última temporada ao se manter entre as dez melhores seleções nacionais. O principal nome da campanha foi Thalia Costa, escolhida para o time ideal das sete melhores jogadoras do circuito entre 2024 e 2025.
Principal nome das Yaras, Thalia ressalta que a conquista sempre foi um sonho. Nesta temporada, a jogadora se tornou a primeira brasileira na história a superar a marca de 100 tries no Circuito Mundial, a grande competição anual da modalidade.
"Essa é uma grande conquista. Sempre me imaginei nesse lugar, mas nunca achei que concretizaria esse sonho algum dia", afirma.
Natural de São Luís (MA), a artilheira fazia atletismo e se destacava nas provas de velocidade (100m e 200m) antes de conhecer o rugby. Foi só em 2017 que ela teve contato com o esporte que se destaca atualmente.
Thalia relembrou que um amigo insistiu muito para que ela fosse a um treino de um clube de rugby do Maranhão. E o encantamento veio de primeira. "Logo no primeiro treino já me apaixonei e comecei a jogar", disse.
Junto da sua irmã gêmea, Thalita Costa, a atleta se mudou para São Paulo em 2019 e considera essa uma virada de chave na sua trajetória.
"Foi um momento muito importante, em que ei a me dedicar totalmente ao rugby. Foi um processo árduo e longo, que exigiu muita dedicação, porque pude crescer na modalidade, melhorando o meu condicionamento físico, a minha visão e as minhas habilidades técnicas e táticas", afirma.
Time do ano no rugby sevens
A artilheira foi nomeada como uma das sete melhores da temporada 2024-25 ao lado das neozelandesas Michaela Brake, Jorja Miller e Risi Pouri-Lane, das australianas Maddison Levi e Isabella Nasser e da japonesa Marin Kajiki. Ao fim do ciclo, a atleta somou 119 tries na carreira no SVNS, sendo a 14ª maior artilheira da história do Circuito Mundial.
Conhecida por sua agilidade e velocidade, Thalia vê grandes avanços da sua performance durante os últimos anos.
"Hoje consigo me ver como uma jogadora rápida, que evoluiu muito no tackle, com visão de jogo e capacidade de fazer um bom papel com ou sem a bola. Disputar o Circuito Mundial contribuiu muito para a minha evolução e de todo o time", afirma.
A temporada do Circuito Mundial de rugby sevens chegou ao fim em abril, com a seleção da Nova Zelândia como campeã. As Yaras foram a Los Angeles (EUA) disputar a Repescagem Mundial, com o objetivo de se manter entre as dez melhores equipes do mundo. No dia 4 de maio, a missão foi concluída com êxito com as vitórias contra Colômbia, Quênia e Espanha.
Assim, a Seleção Brasileira assegurou a nona colocação das 12 posições da primeira divisão. Em função de uma mudança no Circuito Mundial de rugby para o próximo ciclo, a elite ou a ter apenas oito equipes. As quatro seguintes am a disputar a segunda divisão, que terá seis times. Em nono, o Brasil garantiu a vaga no SVNS 2 de 2025-26.
Próximos os de Thalia
Thalia se tornou um dos principais símbolos do crescimento do rugby feminino no Brasil. Pela Seleção Brasileira, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e participou das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020 e Paris 2024.
A Seleção Brasileira segue entre as melhores seleções do mundo e mostra constante evolução. "Tenho muito orgulho de ver a evolução de todo o time ao longo da temporada, que foi de conquistas inéditas e crescimento coletivo", opina.
Para o futuro, Thalia quer explorar novos ares, buscando uma evolução ainda maior como atleta. Ela segue para a sua primeira temporada em um clube estrangeiro.
"Estou indo para o Japão jogar no Mie Pearls. Essa minha primeira experiência em um clube estrangeiro só foi possível graças à nossa treinadora Crystal Kaua", contou.
"Quero aproveitar a oportunidade para seguir crescendo como atleta, aprender a viver em uma cultura diferente da nossa e ajudar a equipe a obter grandes resultados na liga nacional", concluiu.