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Baixa presença de clubes na convocação de Ancelotti reflete eleição na CBF

Carlo Ancelotti e Felipão na apresentação do técnico da seleção brasileira - Rafael Ribeiro/CBF
Carlo Ancelotti e Felipão na apresentação do técnico da seleção brasileira Imagem: Rafael Ribeiro/CBF

A primeira convocação de Carlo Ancelotti na seleção brasileira também foi um evento político. Não só pela presença das federações, mas porque a ausência de parte dos clubes espelhou o contexto da eleição que levou Samir Xaud à presidência da CBF.

Quatro clubes da Série A foram representados de alguma forma: Vasco, Grêmio, Palmeiras e Botafogo.

Eles fizeram parte da base de apoio a Samir, quando a maioria dos clubes ainda subscrevia a candidatura frustrada de Reinaldo Carneiro Bastos.

Pelo Palmeiras, Leila Pereira mais uma vez apareceu. E olha que ela fez um bate e volta a São Paulo para assistir à derrota diante do Flamengo no domingo.

Do Botafogo, o representante foi o CEO, Thairo Arruda. Mais fácil por já morar na cidade.

O mesmo vale para a comitiva do Vasco. Além do CEO Carlos Amodeu, também esteve o presidente Pedrinho. O ex-jogador, inclusive, será chefe de delegação da seleção na próxima Data Fifa.

O Grêmio foi representado por Luiz Felipe Scolari, que virou coordenador técnico e participou da agem de bastão a Ancelotti, na condição de último técnico campeão do mundo pelo Brasil.

O UOL apurou que a CBF convidou todos os clubes para o combo eleição + convocação. Poderia até ser feito o ajuste em relação a agens e hospedagens.

Só que quem já não iria para a eleição não se importou em faltar também à convocação. Dez clubes da Série A e dez da Série B se ausentaram do pleito que consagrou Xaud.

Em alguns casos, como o Ceará, o clube até apareceu para votar no domingo, amenizando a rusga política. Mas compromissos impediram a presença no Rio por mais um dia.

A aproximação aos clubes é um dos principais itens da agenda de Samir Xaud para o início da nova gestão. Ele sinaliza com mudanças no calendário e implementação do fair play financeiro.

Mas o item mais complexo é como se dará a atualização do estatuto da CBF, no trecho que aborda o peso dos clubes na eleição da entidade — em detrimento do domínio dos votos das federações no somatório total.

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