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Economia piorou para 48%, diz Genial/Quaest; reprovação já foi pior

Gabriela Biló/Folhapress
Imagem: Gabriela Biló/Folhapress

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

04/06/2025 11h18

A avaliação de que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses recuou de 56% para 48% entre os meses de março e maio, aponta a pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje. A queda é acompanhada pelo aumento da percepção de que o cenário segue do mesmo jeito (de 26% para 30%) e a oscilação dentro da margem de erro de que o ambiente melhorou (de 16% para 18%). Os demais 4% não souberam ou evitaram responder.

O que aconteceu

Pesquisa evidencia percepção de inflação dos alimentos. Segundo a Genial/Quaest, 79% avaliam que os preços subiram no mês anterior à pesquisa, queda de 9 pontos percentuais à taxa de 88% em fevereiro. Para 12% o preço dos alimentos permanece o mesmo e 7% dizem que os valores caíram. A resposta não foi dada por 2% dos entrevistados.

Alimentos são os vilões da inflação neste ano. No acumulado de 2025 até abril, o preço dos alimentos e bebidas aumentou 3,4%, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15). A variação é influenciada pelo aumento significativo dos preços do café moído (+45,1%), do ovo de galinha (+28%) e do tomate (+67,4%). Em abril, o grupo de despesas perdeu força ao subir 0,39% após três meses seguidos de variação acima de 1%.

Combustíveis e contas essenciais ficaram mais caras. O levantamento aponta ainda que mais da metade da população sentiu um aumento nos preços nos postos de gasolina (54%) e nas contas de água e luz (60%) durante o mês de abril. As taxas são, respectivamente, 16 e 5 pontos percentuais inferiores àquelas verificadas para o mês de fevereiro.

Avaliação de que o poder de compra diminuiu segue estável. De acordo com o levantamento, 79% da população afirma que o poder de compra do brasileiro está menor do que há um ano. Há dois meses, a percepção era partilhada por 81% dos entrevistados. Permanecem estáveis as avaliações de melhora (de 9% para 10%) e de igualdade (9% em ambas pesquisas).

Conseguir emprego está mais difícil para 55% da população. O resultado é 10 pontos percentuais superior ao indicado em dezembro e aparece com uma variação de 0,2 ponto percentual ante o mês de março. Para 35% está mais fácil uma nova colocação no mercado de trabalho e 4% avaliam que a situação permanece a mesma.

Expectativa de melhora da economia no próximo ano fica estável. Após desabar de 51% para 44% entre dezembro e março, a perspectiva para os próximos 12 meses oscilou positivamente para 45%. A avaliação de que o ambiente vai piorar recuou de 34% para 30%. Outros 21% avaliam que a economia ficará do mesmo jeito até maio de 2026.

Pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 brasileiros presencialmente. Os dados foram coletados entre os dias 29 de maio a 1º de junho com brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada para o levantamento é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança atinge 95%.

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