Novo voo com 103 deportados dos EUA chega ao Brasil

O governo Lula (PT) informou hoje que um grupo com 103 deportados dos Estados Unidos chegou ao Brasil ontem.
O que aconteceu
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que 90 homens e 13 mulheres desembarcaram no Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE). O Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) recepcionou o grupo.
Três ageiros têm restrições com a Justiça brasileira. Eles foram mantidos sob custódia da Polícia Federal. Outros 76 viajaram, em avião da FAB (Força Aérea Brasileira), para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Como revelou o UOL, uma das deportadas é fugitiva dos ataques de 8 de Janeiro. Cristiane de Silva, 33, foi levada à Superintendência da Polícia Federal na capital cearense. Ela havia sido presa por imigração ilegal nos Estados Unidos um dia após a posse de Donald Trump, em janeiro.
Há um mandado de prisão em aberto contra a garçonete, condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a um ano de prisão por associação criminosa. O ministro Alexandre de Moraes havia substituído a pena a uma restrição de direitos, como prestação de serviços comunitários, pagamento de multa e participação em curso sobre democracia.
Até o momento, o Brasil recebeu 783 repatriados entre fevereiro e maio deste ano, segundo a Presidência. Do total, 616 são homens, 155 mulheres e 12 não tiveram o gênero informado.
Desde que voltou ao governo dos EUA, o presidente Donald Trump tem endurecido a política imigratória para o país norte-americano. Trump venceu as eleições do ano ado com fortes discursos contra a imigração, prometendo a deportação em massa de milhões de estrangeiros que moram ilegalmente no país — entre eles, brasileiros.
O governo federal tem organizado operações "com foco no retorno seguro de brasileiros em situação de vulnerabilidade no exterior, principalmente nos Estados Unidos". Foram 8 no total: em 7 e 21 de fevereiro, 15 e 28 de março, 11 e 25 de abril e 9 e 24 de maio.
Para quem não tem um local para ficar no retorno, o governo oferece acolhimento provisório com alimentação e acomodação. Também custeia agens de ônibus para o retorno seguro às cidades de origem.